Produto

Em 2005, quando o dramaturgo inglês Mark Ravenhill escreveu a peça Produto, o Reino Unido havia acabado de sofrer o segundo maior atentado terrorista de sua história. Motivados pela participação da Grã-Bretanha na Guerra do Iraque, quatro britânicos muçulmanos, três paquistaneses e um jamaicano explodiram três trens do metrô londrino e um dos famosos ônibus de dois andares que circulam por toda a capital inglesa, deixando centenas de feridos e 52 vítimas fatais.

Passado o choque inicial, não tardaram surgir piadas politicamente incorretas sobre o assunto, como acontece com qualquer grande tragédia do Holocausto ao 11 de Setembro. Rir do medo de sentar ao lado de um cara vestido com túnica e turbante no metrô ou no avião tornou-se lugar comum em todo o mundo, mais especialmente nas cidades em que árabes e paquistaneses compõem grande parte da população, como em Londres, por exemplo.

Impecavelmente interpretado por Coslov, o protagonista um insano diretor de cinema passa os 60 minutos da montagem contando a absurda história de seu próximo filme para uma jovem (e muda) atriz em ascensão, que ele deseja incluir no elenco de seu longa a qualquer custo.

  • CRIAÇÃO

    Mark Ravenhill

  • DIREÇÃO

    Ary Coslov

  • TRADUÇÃO

    Rachel Ripani

  • ANO

    2010

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